Erasmo Carlos faleceu na última terça-feira, 22 de novembro após algumas complicações no seu quadro de saúde. O país perdeu um ícone da música brasileira, e nas redes sociais, milhares de fãs e famosos lamentaram a perda.
No início de novembro, Erasmo recebeu alta após passar nove dias internado com um quadro de edema pulmonar, que é um inchaço no órgão causado pelo acúmulo de líquidos. Quando não tratado, o edema pode fazer o líquido se desprender dos tecidos e causar a morte do paciente.
Enquanto estava internado, houve boatos de que o cantor havia morrido. Mas ele desmentiu a informação com muito humor, fazendo uma publicação no Instagram e parafraseando o cantor Belchior: “Esse ano eu não morro”.
Síndrome edemigênica:
Erasmo também sofria também de síndrome edemigênica, uma doença que ocorre quando há um desequilíbrio nos componentes químicos do organismo.
“Quando acontece o desequilíbrio, há acúmulo anormal de líquidos dentro dos tecidos do corpo. A síndrome geralmente está relacionada a alterações no coração, rins ou no fígado, e o excesso de líquido leva à sobrecarga do sistema. O edema pulmonar costuma ser a principal causa de morte súbita em pacientes com a síndrome edemigênica, porque leva à insuficiência respiratória”, explica a médica pneumologista Grasielle Santana, do Hospital Santa Lúcia.
A especialista explica que a síndrome, em si, não leva à morte. Um indivíduo com a condição pode viver normalmente, desde que siga recomendações como restrição hídrica (ou seja, beber uma quantidade menor de água, sob recomendação médica) e ingerir diuréticos. Além disso, o paciente tratar o órgão onde há maior acúmulo de líquidos.
O pneumologista Caio Fernandes, da Comissão de Circulação Pulmonar da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), explica que a síndrome afeta alguns órgãos específicos.
Fonte: Estadão